A
ozonosfera (camada de ozônio ou camada de ozono) possui um vilão, os clorofluorocarbonetos (clorofluorcarboneto, clorofluorcarbono ou CFC).
O CFC é um
composto baseado em carbono que contém cloro e flúor, responsável pela redução
da camada de ozônio, e antigamente usado como aerossóis e gases para
refrigeração, sendo atualmente proibido seu uso em vários países.
Estes
compostos pertencem à função orgânica derivados halogenados obtidos
principalmente pela halogenação do metano. Entre as principais aplicações se
destacam o emprego como solventes orgânicos, gases para refrigeração e
propelentes em extintores de incêndio e aerossóis.
São
derivados dos hidrocarbonetos saturados obtidos mediante a substituição de
átomos de hidrogênio por átomos de cloro e flúor.
Quando começou a ser utilizado, o FREON, o mais
conhecido CFC, parecia a solução perfeita aos problemas da refrigeração, por
não se dividir e não causar danos ao seres vivos, muito melhor que o produto
anteriormente utilizado, a AMÔNIA. Porém, atualmente descobriu-se que os CFC
sofrem fotólise quando submetidos à radiação UV (ultravioleta),
dividindo-se na altura da camada de ozono onde a presença desse raios são
constantes:
O
Radical Livre Cloro que se forma, logo reage com o Ozônio, o decompondo em
O2 (oxigênio gasoso) e CℓO (monóxido de
cloro):
Cℓ + O3 → O2 + CℓO
O
CℓO então pode reagir com outra molécula de O3, formando duas
moléculas de O2 e deixando o Radical Livre Cℓ pronto para repetir o
ciclo reacional:
CℓO + O3 → 2 O2 + Cℓ
Em
Resumo:
CFC + Luz + 2 O3
→ 3 O2 + Cℓ
O Ciclo prossegue até que o cloro
se ligue a uma substância diferente de O3 que forme uma
substância resistente à fotólise ou uma substância mais densa (que leve o Cℓ da
camada de ozônio para uma mais baixa). Esse
fenômeno causa a destruição na camada de ozônio, o que aumenta a entrada de
raios UV na atmosfera causando grandes problemas como o câncer de
pele, catarata, diminuição do fitoplâncton e redução das colheitas.
Existem hoje vários
projetos para diminuir a utilização dos CFC, mas eles têm sido dificultados
pelo seu uso principalmente na refrigeração. Uma das alternativas tem sido os hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), haloalcanos em que nem
todos os hidrogênios foram substituídos por cloro ou flúor. Seu impacto
ambiental tem sido avaliado como sendo de apenas 10% do dos CFC. Outra
alternativa são os hidrofluorcarbonetos (HFC) que não
contêm cloro e são ainda menos prejudiciais à camada de ozônio, porém
apresentam alto potencial de aquecimento global, ou seja, eles contribuem para
o aumento do efeito estufa.
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