sexta-feira, 30 de março de 2018

EXCEÇÕES A REGRA DO OCTETO

"A regra do octeto, fundamentada na chamada teoria do octeto, é uma regra química simples, segundo a qual os átomos tendem a combinar-se de modo a ter, cada um, oito elétrons na sua camada de valência, ficando com a mesma configuração eletrônica de um gás nobre."

Assim, ao realizarem ligações entre si, independentemente do tipo de ligação (iônica, covalente ou metálica), os átomos envolvidos perdem, ganham ou compartilham elétrons com a finalidade de adquirir esse octeto eletrônico, ou seja, de ficar com oito elétrons na camada de valência e atingir a configuração de gás nobre.
Entretanto, na prática, existem exceções a essa regra, pois alguns elementos ficam estáveis com menos de oito elétrons e outros com mais. Além disso, ainda há alguns que se estabilizam com um número ímpar de elétrons. Vejamos alguns exemplos:
 Contração do octeto (Estáveis com menos de oito elétrons)

Ocorrem nos elementos do segundo período em diante, principalmente nas moléculas que apresentam o berílio e o boro, além também de alguns óxidos de nitrogênio. Abaixo temos dois casos assim:

No primeiro caso temos o difluoreto de berílio. Note que apenas com duas ligações, isto é, com 4 elétrons na camada de valência, o berílio já atinge a estabilidade eletrônica.
Já no segundo caso, no trifluoreto de boro, o boro adquire estabilidade compartilhando seus três elétrons de valência com três átomos de flúor, assim ele fica estável com apenas 6 elétrons na camada de valência.
Em ambos os casos os átomos do flúor ficam com o octeto completo, mas o elemento central não.

Expansão do Octeto (estáveis com mais de oito elétrons)
Esse caso ocorre em elementos do terceiro período em diante, pois, visto que são mais de oito elétrons que terão que se comportar na camada de valência, o átomo precisa ser relativamente grande. É por isso que os elementos do segundo período nunca se expandem. Os elementos principais nos quais essa expansão do octeto ocorre são o fósforo (P) e o enxofre (S):


No primeiro caso, o fósforo ficou estável com 10 elétrons em sua camada de valência; já no segundo exemplo, o enxofre ficou com 12 elétrons.
Isso pode ocorrer também em compostos de gases nobres formados em laboratório, como o XeF2 e o XeF4.

Estáveis com um número ímpar de elétrons
São poucos os elementos em que isso ocorre, mas os mais comuns são os radicais livres NO, NO2 e ClO2, em que os elétrons na camada de valência dos átomos centrais são apenas 7. Veja um desses casos:




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